segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Conduta Geral


A conduta do homem é a imagem de seu caráter. Assim, suas atitudes deixam transparecer a sua consciência. Exigimos da política social: mudanças, melhorias e investimentos; e com razão, pois são nossos direitos; no entanto, não nos comprometemos em continuar a exigir a mudança. Insistimos em conviver com os mesmos hábitos; onde está a melhoria, se continuamos satisfeitos com o mesmo café da manhã de sempre; e onde está o investimento, se nunca vale a pena investir naquilo que não lhe dá lucros “reais”? São as ações diárias que colaboram para a construção do perfil da sonhada sociedade (utópica?). Não me refiro às revoltas, revoluções, passeatas ou manifestações; muito pelo contrário. Refiro-me ao pequeno movimento de lançar da janela do ônibus o modesto pacote de salgado, ou então não se preocupar com a água cristalina jorrada da mangueira a refrescar a calçada. Talvez seja difícil a tarefa de separar o lixo que produzimos, ou impossível a missão de trocar o automóvel - que conquistamos com suor e temos o direito de usufruí-lo - pelos passos compassados até a padaria. São pequenas ações que fazem grandes homens. Não receberemos medalhas de honra ao mérito, muito menos a imortalidade dos deuses pelo simples fato de jogarmos o lixo no lixo ou guardá-lo no bolso da calça. Teremos, tão somente, a paz de espírito e a convicção de que contribuímos com a felicidade do José, da Maria, do Juquinha, que perderam suas casas invadidas pela enchente. Podemos não ser totalmente culpados - mas também, não nos coloquemos como inocentes - da grande massa de ar negro que cobre a cidade. Bom seria se a cada boa ação ganhássemos uma “vidinha”, igual aos joguinhos de vídeo game. Mas, não! O que ganhamos é aquilo que dinheiro nenhum no mundo pode comprar. Paz! Não há corpo cansado, vida desiludida, insatisfação com o mundo para aqueles que sabem da importância de sua existência, de sua contribuição, sendo o corpo pequeno para tão grande alma.

Texto de: Bruno Arruda
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