domingo, 14 de dezembro de 2008

Criadas as cotas sociais, mas e daí?


A discussão da criação dos mais diversos tipos de cotas no serviço público é mais uma artimanha para ludibriar os incautos e desviar a discussão. Pra mim, o ideal seria cobrar de todos os governos esforços concretos e permanentes para fazer a lição de casa que seria melhorar o ensino público para todos. Infelizmente, não é isso que ocorre. Sou totalmente favorável à instituição de políticas especificas compensatórias para as chamadas “minorias”, entre aspas, pois o alto grau de miscigenação da nossa população dificulta a identificação das pessoas por raça. A dúvida está justamente em como fazer essa compensação e por onde começar? Por que não fazer com dinheiro? O governo já gasta com Bolsa disso e daquilo, indenização aqui e ali, então pergunto: Por que essa tentativa de acabar com a Universidade Brasileira?

Recentemente, a Câmara dos Deputados, aproveitando o “clima do Dia da Consciência Negra”, nas palavras do Presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia, aprovou um projeto de lei que cria reserva de vagas para alunos de escolas públicas em instituições federais de ensino superior e de educação técnica. Este projeto veio do senado e os deputados fizeram algumas alterações que fizeram com que o projeto retornasse para o Senado para ser revisado: a sugestão dos deputados é que além das cotas raciais, haverá também uma cota social, baseada na renda familiar, para beneficiar os estudantes mais pobres e que estudaram os três anos do ensino médio na escola pública. Pergunto: Como serão contempladas as mais diferentes cotas dentro deste critério?

É uma pena que os nossos dirigentes escolheram justamente as instituições de ensino para fazerem esta reparação. Nivelar os estudantes das instituições de ensino por baixo é muito ruim. Daí alguém pergunta: Então, vamos apostar na melhoria do ensino público. OK, mas o que faremos até que o ensino público melhore? Penso que devemos exigir a implantação de ações afirmativas que ajudem todos aqueles que não tenham condições de estudar. Por que não estimular a criação cursos pré-vestibulares para quem não fez um bom ensino médio e não têm condições de pagar um cursinho particular? Fora isso não esqueçamos que o maior desafio para aqueles de menor poder aquisitivo não se restringe apenas a barreira do vestibular, mas a todo o período escolar universitário onde há a necessidade de bancar o custeio do aluno durante o período até a formatura com a compra de livros, aluguéis, alimentação, roupa e etc. Por que não se ter uma bolsa auxilio para estes estudantes carentes, independente de sexo, raça ou religião?

De que adianta criar cota em universidade pública se, também, a universidade pública brasileira está caminhando para a falência? O que já está precário tende a piorar.

Luciano Gama, Economista
Consultor em Políticas Públicas
http://www.lucianogama.com.br/


Imagem de: http://www.vertibular.brasilescola.com/

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Adoção


A palavra adotar vem do latim adoptare, que significa escolher, perfilhar, dar o seu nome a, optar, ajuntar, escolher, desejar. Do ponto de vista jurídico, a adoção é um procedimento legal que consiste em transferir todos os direitos e deveres de pais biológicos para uma família substituta, conferindo para crianças/adolescentes todos os direitos e deveres de filho, quando e somente quando forem esgotados todos os recursos para que a convivência com a família original seja mantida.

É regulamentada pelo Código Civil e pelo Estatuto da Criança e do adolescente (ECA), que determina claramente que a adoção deve priorizar as reais necessidades, interesses e direitos da criança/adolescente.

A adoção representa também a possibilidade de ter e criar filhos para pais que não puderam ter filhos biológicos, ou que optaram por ter filhos sem vinculação genética, além de eventualmente atender às necessidades da família de origem, que não pode cuidar de seu filho.

A adoção jurídica, por si só, não pode garantir que uma adoção amorosa entre pais e filhos se dê, o que nem mesmo a paternidade biológica garante. Mesmo assim, no processo jurídico são tomadas algumas medidas na aposta de que uma adoção mútua aconteça.

A criança adotada perde todos os vínculos jurídicos com os pais biológicos e parentes são anulados com a adoção, salvo os impedimentos matrimoniais (para evitar casamentos entre irmãos e entre pais e filhos consangüíneos).

Cabe lembrar que o rompimento dos vínculos jurídicos não implica no rompimento com a história anterior à adoção da criança/adolescente.

Mais informações:


Fonte:
Ordem dos Advogados do Brasil - Subseção de São Bernardo dos Campos

Slide para o mundo


Vou fazer um slideshow para você. Está preparado?

É comum, você já viu essas imagens antes.

Quem sabe até já se acostumou com elas.

Começa com aquelas crianças famintas da África. Aquelas com os ossos visíveis por baixo da pele. Aquelas com moscas nos olhos.

Os slides se sucedem. Êxodos de populações inteiras. Gente faminta. Gente pobre. Gente sem futuro.

Durante décadas, vimos essas imagens.

No Discovery Channel, na National Geographic, nos concursos de foto.

Algumas viraram até objetos de arte, em livros de fotógrafos renomados.

São imagens de miséria que comovem. São imagens que criam plataformas de governo. Criam ONGs. Criam entidades. Criam movimentos sociais.

A miséria pelo mundo, seja em Uganda ou no Ceará, na Índia ou emBogotá sensibiliza. Ano após ano, discutiu-se o que fazer.

Anos de pressão para sensibilizar uma infinidade de líderes que sesucederam nas nações mais poderosas do planeta.

Dizem que 40 bilhões de dólares seriam necessários para resolver oproblema da fome no mundo.

Resolver, capicce?

Extinguir.

Não haveria mais nenhum menininho terrivelmente magro e sem futuro, emnenhum canto do planeta. Não sei como calcularam este número. Mas digamos que esteja subestimado.

Digamos que seja o dobro. Ou o triplo.

Com 120 bilhões o mundo seria um lugar mais justo.

Não houve passeata, discurso político ou filosófico ou foto que sensibilizasse. Não houve documentário, ong, lobby ou pressão que resolvesse.

Mas em uma semana, os mesmos líderes, as mesmas potências, tiraram da cartola 2.2 trilhões de dólares (700 bi nos EUA, 1.5 tri na Europa) para salvar a fome de quem já estava de barriga cheia.


Fonte desconhecida

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Bem-vindos ao Blog PROBEM!

Aqui é o espaço para voluntários colocarem seus textos e discutir assuntos polêmicos sobre diversos assuntos.

O Grupo está orgulhoso de poder compartilhar de forma tão dinâmica temas amplamente discutidos na mídia.

Agradecemos a todos os voluntários pela ajuda que recebemos e este é o presente que o Grupo lhes oferece após dois anos de vida.

Esperamos que gostem das novidades que preparamos para vocês!

Neste aniversário iniciamos o Projeto INOVE. Veja as novidades:

  • Blog PROBEM para aumentar a interação entre voluntários.

  • Seção de colunas e colunistas no site.
  • Boletim mensal de colunas com as publicações do Blog.
  • Upload diretamente no site facilitando o envio de arquivos à Equipe PROBEM.
  • Disk PROBEM. Atendimento imediato via telefone exclusivo do Grupo.

Quer colocar seu texto neste Blog? Saiba como em http://colunistas.promoverobem.com

Quer enviar seu texto para nós? Acesse http://upload.promoverobem.com

Obrigado a todos!

Equipe PROBEM

www.promoverobem.com